“Ele levantou sua mochila do chão, e eu reparei que havia uma concha desenhada na parte de trás. Tirou de dentro uma garrafa de vinho, tomou um gole e me estendeu. Enquanto bebia, perguntei quem era o cigano.
— Esta é uma rota de fronteira, muito utilizada por contrabandistas e por terroristas refugiados do País Basco-espanhol — disse Petrus. — A polícia quase não vem por aqui.
— Você não está me respondendo. Vocês dois se olharam como velhos conhecidos. E eu tenho a impressão de que também conheço ele.
Petrus deu um riso e pediu que começássemos a andar. Peguei minhas coisas e caminhamos em silêncio. Mas pelo riso de Petrus, eu tinha certeza de que ele tinha chegado à mesma conclusão que eu.
Nós havíamos encontrado um demônio.”
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